Comunidade

No Entrudanças há uma importante componente dedicada à comunidade local.
Nas semanas que antecedem o Entrudanças, desenvolve-se um trabalho artístico-comunitário com a população local, que reforça o seu sentimento de pertença ao projeto e posteriormente se revela na hospitalidade com que os participantes são recebidos. 
[ ± ] PROJETO COM A COMUNIDADE ESCOLAR 2018 - ISTO NÃO É UM MONSTRO!
"Há muito tempo, no tempo em que ainda chovia em Entradas, a ribeira galgou as margens e provocou uma enorme cheia. A água invadiu a vila e com ela chegou um ser fantástico vindo do leito da ribeira. Ao longo dos anos choveu cada vez menos e o ser aquático, que não é um Monstro, dizem que pela vila ficou, não conseguindo encontrar o caminho de regresso às águas da ribeira." A Água é o ponto de partida para o desenvolvimento de um projeto de criação artística com a comunidade de Entradas e Castro Verde.  Mais de noventa participantes pensarão a sua relação com a Água, ou talvez seja melhor dizer, a sua relação com a escassez da água no Alentejo.  Neste projecto com a comunidade Ana Silvestre e Márcio Pereira formam uma dupla, dinamizando sessões de expressão plástica e de movimento com o intuito de preparar uma arruada a ser apresentada no festival Entrudanças.  Este projecto, pretende aproximar a comunidade local das artes performativas, bem como envolvê-la numa dinâmica colectiva com o enfoque no sentido de comunidade e igualdade. O corpo aqui é pensado na sua relação com o outro e com o contexto que o envolve, possibilitando de alguma forma o desenvolvimento de competências sociais e de grupo na comunidade.  Partindo do repertório de Modas do Baixo Alentejo/Cante Alentejano, alusivo à Água, participam também neste projecto, os  músicos David Pereira e Gabriel Costa.  Projeto dinamizado por: Ana Silvestre e Márcio Pereira Este projecto comunitário conta com a colaboração de:  Associação ART, Centro Escolar nº2 de Castro Verde, Escola Primária de Entradas – Pré-primária e 1º ciclo, Escola Secundária de Castro Verde, Jardim de Infância Lar Jacinto Faleiro, Lar Manoel de Entradas e grupo de mulheres de Entradas.  Ana Silvestre Ana Silvestre é licenciada em Psicologia, ramo Educacional pela Universidade de Évora e Pós-Graduada em “Dança em Contextos Educativos” pela Faculdade de Motricidade Humana com a coordenação de: Professora Doutorada Elisabete Monteiro e Margarida Moura. Teve formação no Corpo que Pensa, com a Terapeuta e Bailarina Pia Kraemer. Na área das Necessidades Educativas (N.E.E.) teve formação com o coreógrafo Henrique Amoedo, Keyla Ferrari e com a Voarte, Alena Dittrichová. Foi professora de Danças Tradicionais e Expressões no Projecto Inclusão em Movimento, com pessoas portadoras de deficiência desenvolvido pela C.M.E. Colabora com a Associação Pédexumbo desde 2006, como monitora de danças tradicionais do mundo, como dinamizadora de oficinas e formadora de formadores na área das danças tradicionais e actualmente também como membro da direcção da Associação. Desenvolve trabalho como Artista MUSE-pe com a actividade artística Dança e Movimento na escola J.I.EB1 da Cruz da Picada. Desenvolveu trabalho como Professora de Danças Tradicionais nas actividades de Enriquecimento Curricular nas aldeias do Concelho de Évora. Mandadora de bailes em projetos como o Baile das Histórias (uma co-produção Casa das Histórias Paula Rego e PédeXumbo); Bail`a Rir, e do grupo Folk Aqui Há Baile. Faz parte do elenco da ACCCA (Companhia Clara Andermatt) no espectáculo Fica no Singelo. Márcio Pereira Márcio Pereira é licenciado em Teatro pela Universidade de Évora. Frequentou o mestrado em Arte do Actor na mesma Universidade em 2010, ano em que colabora com a mesma instituição como Monitor das cadeiras Corpo e Movimento Cénico e Treino Corporal do Actor da licenciatura em Teatro. Participou em cursos de formação orientados por Amélia Bentes, Ana Borralho e João Galante, António Tavares, António Pedro Lopes, Cie Phillipe Genty (Eric de Sarria e Nancy Rusek), Clara Andermatt, Completely Naked (Pau Ros e Pablo Goikoetxea), La Pocha Nostra (Guilhermo Gomez Peña e Roberto Sinfuentes), Margarida Bettencourt, Margarida Mestre, Nélia Pinheiro, Peter Michael Dietz, Pia Kraemer, Phillip Zarrilli e Kate O’Reilly, Sofia Neuparth, entre outros. Trabalhou com Guilhermo Gómez Peña e Violeta Luna (La Pocha Nostra), Ana Borralho e João Galante, Elliot Mercer e Nélia Pinheiro (Companhia de Dança Contemporânea de Évora). No seu percurso como performer destaca os trabalhos próprios: Projecto Mãe (2008); Happy-Family (2009); Absolutamente Falso (2009/2010); E se as paredes fossem de carne? (2010); Enxoval Cor-de-rosa para a menina que não nasceu (2010) e Post-it (Whatever it means) (2011), com apresentações no Flare Festival (Manchester) e Festival Escrita na Paisagem (Évora). Em 2008 apresenta a sua primeira criação, Projecto Mãe, em parceria com Telma João Santos, na Plataforma Internacional de Jovens Criadores Universitários do Festival Escrita na Paisagem, apresentandodesde então vários projectos da sua autoria na programação do mesmo. Em 2011 inicia o estágio profissional de criação e produção com a Colecção B, associação cultural integrando posteriormente a equipa permanente de produção executiva da Colecção B. 2008-2009 e 2009-2010 são os dois anos lectivos que colabora com a Pédexumbo (Associação para a promoção de música e dança) projeto que volta a integrar em janeiro de 2018.